terça-feira, 24 de junho de 2008

. Nada estava em parte


O caminho estava bem ali na frente dos dois. Havia sim pedras, umas á vista, outras escondidas. Mas estavam de mãos dadas e juntos passaram por cima de todas, ou quase todas. Ela parecia não se sentir tão segura, mas ele vigiava seus passos e os tropeços traziam maturidade, a mesma que hoje mantínha-os separados.
Haviam congelado um momento único para eles. Tanto nada no tudo. A data a fazia lembrar de tudo mas, agora, percebia que nada restara. Como seria se fosse diferente? Estariam juntos comemorando o amor. Ele não existia mais, nem ele nem o amor... Pra quem ela falaria sobre isso? Rodeada de pessoas com o sentimento de solidão.
O destino aliado transformou-se em folha morta. Não havia porque esperar por ele ou por outro dia.
Ele transformou os dias dela. Fora um sonho que chegara ao fim. O coração batia tanto quando estavam se aproximando. Imaginaram tanto juntos. Ele havia determinado uma parte única da vida dela.
Nada quando estavam separados poderia ser comparado ao momento que estavam unidos como um só. Falar de amor tornara-se tolice e ela não possuía a mesma visão. Assim como ele, agora, entendia que o melhor era esquecer. Fora só recordação de algo que já havia passado. Não precisaria olhar para trás... Tudo estava perdido e, assim era melhor para os dois. A separação não estava mais em parte.


"...nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará."
Dia 23.

Um comentário:

Anônimo disse...

eita, demorei pra reconhecer quem era na foto!

dias sempre fazem a gente lembrar de outros dias...