terça-feira, 29 de abril de 2008

...um jeito diferente.


Ela queria que desse certo essa nova fase. Seus olhos brilhavam de forma diferente, até mesmo o verde tinha outra tonalidade. Mas as incertezas eram maiores agora. Não sabia como reagir a tantas mudanças, entretanto as mudanças se tornaram suas certezas. As formas mais difícies de se obter felicidade estavam ali, bem a sua frente.

Ela queria poder dizer o que pensava sem se preocupar com o amanhã. Mas ainda era cedo demais para isso. Não queria ter pressa como da última vez, esperava a hora certa. Será que ela saberia quando seria?

Ela gostava de arriscar, mas agora algo a impedia. Talvez fosse o medo de perder. Esse sentimento era cada vez mais forte. E a história se repetiria mais uma vez.Por isso cautela. Ela queria a diferença. Os momentos fizeram isso com ela. Tudo tão especial...

Agora ela e suas certezas buscariam a resposta final e bem lá no fundo ela sabia qual iria ser.




"...diga até onde eu posso ir."

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Estrela da sorte *


Tudo começara com uma brincadeira. Ela achou que tudo acabaria por ali. O dia tão esperado chegara. Os preparativos estavam a mil. E, enfim, a festa. Ela e elas e uma noite inteira por vir.

E assim, o encontro. Rápido e especial. Ali mesmo no corredor. Um até logo. A festa continuava e tudo podia acontecer. Mas nada aconteceu. Ela saiu ao encontro de uma brincadeira, aquela mesma brincadeira, ele. Percorreu todos os ambientes. Lá de cima viu. Passou, correu, encontrou. Uma bala na mão, uma dúvida por estar ali, mas uma certeza no olhar. Os olhares se reencontraram e o resto foi simplesmente o início. Duas sementes que diziam a verdade.E uma folha de bananeira...

Ela sentada, ele chegou. Do alto jogou um beijo. Depois uma bebida fora oferecida e os olhos se encontraram, mais uma vez. Ele disse que a queria, sua resposta fora um beijo, um longo beijo. A música ao fundo ajudara a tornar tudo único. Tornaram aquela noite divertida. O dia começava a clarear e anunciava o fim da noite, ao menos daquela noite.

Eram muitos cheiros misturados, e ela não conseguia párar de espirrar. Olhava para o lado via muitas pessoas, um ambiente cheio delas. E mesmo assim, sentia falta de uma. Buscava-a em cada rosto. É, ele não estava lá. Ela quis ir embora. Foi pagar sua conta. Saiu, e derrepente, bem ali na sua frente algo real. O destino ali parado diante dela. Ele. Tudo fora rápido demais... um abraço, um olhar, o beijo. Estava estampada a surpresa dos dois. Quem imaginaria? Se ela contasse, remeteria a idéia de verdades inventadas que , aos poucos, já estava saindo de sua vida. Não havia mais motivos para isso.

E, depois, o anel de prata no dedo provava que ele voltaria. Afinal, outra vez, a estrela seria da sorte.





"...vou cantar meu reggae mais bonito pra você dançar."

segunda-feira, 7 de abril de 2008

´Contradição


Buscava uma vida Parnasiana, por mais que soubesse que ela nunca pudesse existir. Viviam dizendo a ela que o sempre e o nunca não são palavras que devem ser usadas com tanta frequencia. Já disseram também que era complicada e perfeitinha. Mas ela mesmo, não sabia se auto definir. As confusões vinham uma atrás da outra e ela cada vez menos, sabia a decisão certa a tomar.

Tantos caminhos diferentes passara, em tão pouco tempo de percurso. Ela queria esquecer, ao mesmo tempo que buscava as resposta em tudo que já tinha acabado.

A verdade é que vivia em um eterno Romantismo. Sentia necessidade de se isolar do mundo, de conhecer coisas novas ou de não conhecer mais nínguem. Estava satisfeita consigo mesma e com o mundo que criara a sua volta. Uma hora tudo voltaria a seu favor e nesse dia as verdades deixarão de ser inventadas...



"É preciso coragem para levantar e falar, porém é preciso muito mais coragem para sentar e apenas ouvir."

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ao menos por um dia...


Ela tentava ser forte. Buscava essa força em qualquer situação, causa e consequência... Nem sempre conseguia. Uma vez ou outra, fraquejava. As quedas ajudava-na a seguir em frente. O passado não passava. Ela buscava respostas. Não tinha nenhuma, pra tantas de suas perguntas.

Uma hipótese, um tópico, qualquer figura de linguagem. Ela não tinha nada. Apenas um turbilhão de lembranças. Ela lembrava do jeito dele, dos carinhos, da atenção. Pensava em voltar atrás, mas não havia mais possibilidades pra isso. Um dia, por um instante, a separação foi em parte de verdade. Por um minuto a presença dele em seus pensamentos foi única. E por um segundo ele parecia ser o que sempre foi... Tudo tinha acabado. Não havia mais nada de antes ali. Ela não queria mais esperar por ele... Aquele que estava ali não era mais ele, era uma outra pessoa e por essa ela não se apaixonou. Ela não tinha mais o que fazer. Tentava, buscava, procurava nada adiantou. Não havia o que procurar.
O filme rodava na cabeça e as cenas vinham uma atrás da outra... sem algum sentido.
Um dia o espírito de criança se manteve vivo, um dia ele a chamou de linda ao invés de gostosa, um dia ele a quis mais que tudo, um dia as mãos se tocaram, um dia o beijo foi perfeito, um dia ele a completou, um dia ele a escreveu, um dia ele a encontrou, um dia ele chorou, um dia ela chorou,um dia ele conteve as lágrimas dela, um dia ela mostrou a língua pra ele, um dia eles juraram que ia ser para o sempre deles,um dia o sorriso dele foi dela, um dia ela fez uma comida, um dia ele a pediu em casamento, um dia escolheram o nome da filha, um dia não conseguiam viver um sem o outro, um dia ele a observou dormindo,um dia eles enfrentaram barreiras, um dia ele a acordou pela manhã, um dia eles descobriram juntos, um dia ele deu um serenata pra ela,um dia ela guardou o papel, um dia ela deu uma bala de banana pra ele, um dia eles riram da vida, um dia ela quis fugir, um dia ele mostrou a vida pra ela, um dia ele foi a vida dela, um dia deitaram embaixo das estrelas e ouviram as batidas do coração, um dia tomaram sorvete, um dia ele à mostrou para os amigos, um dia ele gritou na rua por ela,um dia ele ganhou um presente, um dia foi a vez dela, um dia um dia eles choraram, um dia perceberam que só existia felicidade a dois, um dia tudo se perdeu, um dia tudo foi esquecido, um dia tudo acabou... e ela estava a espera do outro dia.

Esperava sempre por algo novo. Não importava o que acontecesse ele era seu início, meio e fim. Quem sabe ainda não teria muita coisa pra se viver? Ou então uma amizade linda pra ser construída? Ela sabia que ele também esperava por ela, ao menos em seus mais íntimos sonhos. Ela tinha sido única da mesma forma que ele. Eles se completaram, eles se amaram, eles viveram.

Ela queria uma verdade inventada. Tudo estava intacto em sua memória e isso nada e nínguem poderia destruír. Afinal os olhos verdes nunca mentiram...





"...e os anjos disseram amém."