terça-feira, 9 de março de 2010

Por uma Eternidade.



Fiquei ali, parada por 15 minutos, mas que foram suficientes pra que eu sentisse mais sensações que uma vida inteira talvez. Seus olhos estavam fechados, mas eu sentia que seu pensamento era meu. Ele dormia, feito uma criança, por vezes suspirava fundo, outras era como se estivesse sorrindo. Quem sabe não estivesse sonhando?


Minhas mãos acariciavam seu rosto, meu olhar estava reto, tentando alcançar seus sonhos. Fazia carinho em sua orelha, corri as mãos em seu cabelo, mas foi ao tocar o seu rosto seguido de um leve beijo que minhas lágrimas caíram. Acho que não sou capaz de traduzir todos os meus pensamentos nesse instante.


Era como se a minha inspiração tivesse voltado com mais força, a minha emoção estava entregue ao momento de observá-lo.


Em tão pouco tempo percebi a grandeza do sentimento que nos envolvia. Um mar de desejos conquistados através de todo esse amor. E, o melhor, era saber que ele existia de verdade e que não era um sonho meu, era real!


Conforme os segundos passavam, eu permanecia ali, na mesma posição, esperando dele algum movimento. Mas ele se manteve sorrindo e sonhando, senti imensa vontade de acordá-lo e dizer tudo o que o coração queria que fosse dito. Mas hesitei. Comecei a observar sua beleza, seus traços e suas expressões. Era o amor sendo moldado, de uma forma única. A forma dele encaixada na minha.


Os meus pensamentos flutuavam, eu havia encontrado a sensação que eu julguei não existir.


Sem que esperasse, os olhos se abriram. Aos poucos, se acostumando com a luz ao redor, me olhou. Por segundos, que pareceram infinitos, apenas manteve seu olhar em mim. E sem que eu percebesse, seus lábios tocaram os meus. Foi quando eu tive a certeza de que era ele a minha resposta, o meu amor e a minha vida!




“...e eu descubro que além de anjo, eu posso ser o seu amor.”

quinta-feira, 4 de março de 2010

Gotas de inspiração.



Pela janela do meu quarto, posso ver a chuva cair. É como se cada gota quisesse me falar alguma coisa. O dia amanheceu de forma diferente, uma sensação nova no peito e uma vontade de chorar. Pode até ser que isso seja momentâneo e espero que seja mesmo, mas agora trago o suspiro da vida. Nem sempre é fácil lidar com o que não sabemos controlar.


Uma nova vida bate à minha porta e eu a cada dia aprendo a lidar mais com ela. Novos caminhos, novos hábitos, novas maneiras de observar o mundo. Acho que não sabia que eu fosse crescer tão cedo. Sempre ouvi isso dos adultos (como se eu fosse criança), mas não achei que fosse ser assim tão rápido.


Há caminhos e opções diferentes e é isso que vai determinar quem somos e o que queremos ser.


Me pergunto se estou certa do que quero e se tenho me empenhado de verdade para conseguir. Minha determinação ultimamente anda enfraquecida, a vontade de deixar acontecer quase me domina.


Fecho meus olhos e respiro fundo. Onde está minha força? Renovo todas as minhas energias e imagino meus sonhos e objetivos realizados.


Eu fico em busca de respostas que eu já encontrei. Hoje existe um novo motivo para acreditar que tudo é real. E se o caminho for apertado, não importa eu sou pequenininha!




“ Porque sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura.”

sábado, 10 de outubro de 2009

Minha fantasia real.


Era um sábado e como de costume, as crianças brincavam, na rua. Isso já faz um tempo, cerca de dez anos. Mas ainda me lembro que estava sentada transformando a vida de adulto em brincadeira. Rodeada de "panelinhas" e bonecas, criava o meu mundo. As meninas arrumavam a casinha e inventavam nomes para transpor a vontade de imaginar como seria vivier vida de "gente grande". Os meninos, na mesma rua, jogavam futebol. Era engraçado entender porque nessa idade, criança tinha vergonha de se apaixonar. Era típico meninos e meninas brigarem por espaço. Afinal, tudo acontecia naquela mesma rua.

O sol quente deixava tudo ainda mais agitado, mais intenso. O movimento era constante. Ninguém parava quieto. Era um corre-corre, uma agitação e gritos por todo canto. As meninas delicadas e organizadas, viviam em conflito com os "barulhentos e sem educação".

Foi em uma dessas que descobri o amor. Ele se aproximou. Sentada, penteando o cabelo da boneca, percebi que o Sol havia sido tapado. Quando direcionei meu olhar para cima, encontrei, parado à minha frente, aquele que fez meu coração parar.

Como se fossemos amigos, indagou-me à segurar o seu relógio novo enquanto fazia aquilo que mais gostava: jovar futebol. Respondi, com as bochecas vermelhas, que sim. Ele se afastou e fiquei ali, intacta, com o relógio novo nas mãos. Minha cabeça me levou pra longe.

Acredito que deva ter durado meia hora até que voltasse. E, no momento que voltou pra buscá-lo, sem entender como, o relógio caiu da minha mão. Levantei depressa tentando fazer com que passasse despercebido. Com um olhar enfurecido disparou a gritar. Minhas mãos tremiam e minha cabeça se manteve baixa. Sentei no meio fio e coloquei as mãos sobre o rosto. Soluçando de medo, tentei pedir desculpas. Foi nesta hora que ele sentou ao meu lado, passou o braço em meus ombros e disse que ficaria tudo bem. Pediu que fosse até sua casa contar para sua mãe o que havia acontecido. Secou minhas lágrimas e me deu um beijo no rosto, o mais doce beijo. Beijo de mel. E, eu, então, tive a certeza do amor.
". Você, minha resposta"

terça-feira, 18 de agosto de 2009

... qualquer um.


É sempre a mesma história. Uma amiga chateada por conta de um carinha que não à mereceu ou que pisou na bola. Eu me julgo forte pra tudo o que possa acontecer, (já passei por tanta coisa também), mas aí me deparo com umas situações (...). É aquele conto de que "é só mais um cara, ele podia ser qualquer um...".

Fico me questionando à respeito de como moldar a vida. Isso, se ela tiver um molde definido. Será que existe essa história de "pra sempre", "esse é diferente" ou "é o destino"? Pra falar a verdade já tive dois amores, um de criança, menina boba ainda e o amor, amor. Depois disso nunca mais amei... Mas, sim conheci outros "caras". Cada um com um jeito diferente, concordo, mas no fundo todos são iguais. (O amor, amor, nunca é igual... toda regra tem sua exceção).

Foi aí que decidi escrever sobre essa história de ficar chorando, chateada e dentro de casa. Não isso não pode acontecer, a diferença é que conseguimos viver sem eles, o que é muito mais difícil ao contrário. Não sou machista, pra falar a verdade detesto isso. Mas é verdade, a mulher fica bem de sair com as amigas e curtir uma noite com mulheres. O homem tem aquilo no sangue (que nem é tão bom), de precisar de alguém do lado dele, mesmo que por uma noite (e eles adoram isso). Eles conseguem ser a mesma pessoa com várias, tem tudo anotado em um caderno, apostila, sei lá. Uma hora, quando você não estiver mas nem aí, eles se ajoelham e tentam se redimir, mas aí quando você acha que é verdadeiro, você percebe que ele está fazendo o mesmo com aquela da esquina e você? A que é pra casar, subir ao altar, ter filhos, com raiva se iguala. Faz da vida uma perdição, se transforma naquilo que você sabe que não é. Mas aí tá feito. É aquele velho texto que diz que "a mulher da nigth de hoje, era a boa menina de ontem."

Mas, acho que no fundo nós temos o poder de ser mil em uma, fazemos tudo do jeito que tem que ser, não é á toa que eles voltam quando percebem que com as lá de fora é bem diferente.

E, ele? Era só mais um cara... desse que a gente encontra pela esquinha, no banco, na praça em qualquer lugar. E, percebe que é mais fácil viver sem ele do que pensamos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Futurista.


Não era um simples "negoçinho". A questão envolvia medos e vontades. Qual era o limite para que ela parasse? O arrependimento pelo que fizemos é melhor do que pelo que deixamos de fazer? Um quarto, uma casa, um coração. E daí? Louca combinação. A essência era viver, não apenas por viver, e, sim pela própria vida. O tempo traz, o vento leva. Mas eu decido o que fica. O passado está enterrado, agora. A astrologia me disse sobre o hoje, o meu presente futurista.É sobre ele que escreverei... Percebo pra onde vai o vento e vou bem à seu lado.

O coração passava pelo mais novo processo: a reabertura. Não que alguém fosse o responsável. Era apenas ela e ela mesma. Esta, merecia aquela velha sensação de deixar-se sentir outra vez. O que trazia no peito, era dela. Entretanto, as mudanças começavam a dar um novo sentido. Ser ou não ser? Ir ou ficar? Parar ou continuar? Rir ou chorar? Arriscar ou recuar? Agora ela seria, iria, continuaria, riria e arriscaria. Se não der certo? Ela tentou.

É claro que ao se olhar no espelho a imagem refletida será a mesma. A interação de pessoas? Não. O modo de vê-las e o mundo, havia mudado naturalmente. Nada de teorias como: " Vou lutar até o fim pelo que quero.", apenas seguirei as pegadas daquilo que me quer. Não, para as hipérboles. Sim, para as redundâncias. Já sobre inconstância? Essência não se perde.

(e aquela sensação de Paz...) Caiu? É só levantar, a vida é muito mais do que tudo junto. A certeza vai ser consequência do que se fez. Dos sonhos que existem, levo todos que sou capaz de realizar. Era diferente (ela, você, eu, todas juntas.) almejavam sempre MAIS. Pés no chão, coração voando e o pensamento focalizado. Ela era tudo aquilo que almejava ser, mesmo sofrendo suas mutações mais loucas. Era fácil para ela, dominar o pensamento. Ela julgava o que era melhor pra ele... Nada de codinomes: Eu.




"... cientista, louca, observadora: Ela. Livre, desencanada, aquariana: Eu. Combinação perfeita "d'ela' e "d'eu", quem sabe única?"

terça-feira, 21 de abril de 2009

Labirinto.


Uma vontade de estar com você incontrolável. O que se faz com o que não se pode controlar? Não, o amor não acabou, como você disse. O vento que passa, deixa a vontade de estar contigo outra vez. A solidão só existe quando estou longe do que quero que esteja perto. Ainda sinto o calor nas mãos e o fervor do olhar que pulsa quando encontra os seus...

O beija-flor, me diz que a nossa história ainda não acabou... Quero poder estar por perto, para que seu coração não se apavore. Paixão é o que sinto quando estou ao seu lado.

Não deixarei que seu sorriso vá embora, sinto tanto em ter te machucado. Não quero pensar que você irá de flor em flor, quero acreditar que o néctar que precisa, só exista em uma.E, espero que seja aquela que fez seu coração parar por segundos, que percebe o quanto incomodado você está por tê-la longe e que sente sua falta a cada manhã.

Continuarei te olhando do meu jeito menina, pra te ver ficar encabulado. Algo aconteceu na primeira vez que olhei pra você. A saudade agora é o que faz com que eu continue tentando. Não quero correr, nem tenho medo de errar, eu apenas "deixo rolar".


Isso me impede de viver por completo, quero ter a sensação do nosso primeiro beijo ou à de sentir seu rosto perto do meu.

Ainda acredito em mim, ainda acredito em você.




"... ter o teu sorriso de volta pra mim."

sexta-feira, 20 de março de 2009

Sempre.



E, aquela velha incostância, outra vez...

Tanta vida se passou, tantos sonhos, tantas conquistas. Tudo estava quieto em um lugar único. Queria entender como acontece. Um novo mundo, uma nova visão, um falso modelo de perfeição. Talvez, ela não queira acreditar no que já está escrito ou, quem sabe, o que falte seja o que não tiveram coragem de determinar.

Os lábios, o olhar, aquele jeito. Ontem, hoje, amanhã. Destino singular pela quarta vez? Só eles sabem.
" O que foi, ainda fica, bem aqui dentro de mim."
( Little J.)